As pneumonias representam a principal causa de mortalidade entre as doenças infecciosas do ser humano no mundo. De acordo com levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1,6 milhão de pessoas perdem a vida em função da enfermidade anualmente.
No dia 12 de novembro, é comemorado o Dia Mundial da Pneumonia, data criada em 2009 para conscientizar a população e estimular a adoção de políticas de combate à doença.
Os números da pneumonia são impressionantes. Ela é a principal causa de óbitos por doenças infecciosas em menores de cinco anos (920.000 ou 15% do total, em 2015), o que supera a soma dos relacionados à malária, ebola, tuberculose, zika e HIV no grupo no mesmo período. No Brasil, dados fornecidos pelo Datasus indicam que o problema foi responsável por 144.661 internações e 908 mortes de crianças da faixa etária entre janeiro e setembro de 2016.
Outro público extremamente suscetível é o de idosos. Estudos internacionais apontam que um a cada seis episódios que requerem hospitalização e 90% de todos os óbitos por pneumonia ocorrem em maiores de 60 anos. No Brasil, de janeiro a setembro de 2016, também de acordo com o Datasus, a pneumonia nesta parcela da população resultou em 181.902 internações e 34.726 mortes.
Embora o número absoluto de mortes no Brasil tenha crescido devido ao aumento da população e ao seu envelhecimento, quando a taxa de mortalidade por PAC é padronizada por idade, observa-se uma queda de 25,5% no período compreendido entre 1990 e 2015. A melhora da situação socioeconômica, o maior acesso a cuidados de saúde, a disponibilidade nacional de antibióticos e as políticas de vacinação explicam em parte a redução das taxas de mortalidade em nosso meio.
Os principais sintomas são febre, tosse, dor torácica e eventualmente falta de ar. A avaliação médica é indispensável para confirmar o diagnóstico clinico ou radiologicamente e iniciar prontamente o tratamento. Vírus e bactérias são ao agentes causais, com amplo destaque para a bactéria Streptococus pneumoniae conhecida como pneumococo, responsável pela maioria dos casos. A disponibilidade de antibióticos eficazes, inclusive de uso oral têm permitido um índice maior de cura e uma importante redução do número de internamentos e consequentemente dos custos.
A ampla divulgação e comprovação da prevenção das pneumonias através de vacinas anti-pneumocócicas, também representam um importante passo no controle desta temida infecção.
Dr. Rodney Luiz Frare e Silva